terça-feira, 19 de setembro de 2017
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
No centro
Se os olhos miram o alto
Os pés mergulham no chão
Entre eles
No centro do mundo
Arde meu coração
MaThas
A rara flor de Deus
A rara flor de Deus
aquela que não pode ser colhida,
nem cheirada,
vista ou regada
reconheceu-se como a rara flor de Deus
O que há mais para ser feito?
MaThas
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Meu Deus
Só mesmo o pensar poderia formular
Uma pergunta tão descabida como
Qual o seu Deus?
Qual o meu Deus?
Meu Deus não é meu, nem seu
Não é de ninguém, nem do nada é
Meu Deus não pertence
Meu Deus não se sabe Deus
Absoluto não se sabe em nada
Não se falta, não se completa
Meu Deus não precisa
Só posso saber de meu Deus
Quando não sei mais de mim
Quando não estou mais aqui
Para chamá-lo de meu Deus
Que sentido há em nomear
Aquele que jamais morrerá
E que nunca nasceu?
Como apontar e definir
Qual o meu Deus
Se ele não é ele, nem ela
Nem isso nem aquilo?
Sobre meu Deus?
Meu Deus É, e só
Dança e canta no silêncio
Onde não há mais perguntas
Onde não há mais quem pergunte
Onde não há mais nenhuma necessidade
De Deus
MaThas
Doce liberdade
E se mais nada eu pudesse fazer?
Se mais nada me restasse querer?
E se assim me encontrasse, uma
Folha amarelada do vento à mercê?
Suprema e doce liberdade!
Nenhuma trilha a ser percorrida
Nenhuma fruta a ser colhida
Nadando nu no vazio
Sem pegadas nem mapas
Sem cargas nem etapas
MaThas
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