domingo, 5 de março de 2017
Bons ventos
Aqui, nesse espaço aberto, venho pedir a ti Bons Ventos
Que de leve me leve para aqueles destinos
que minha vista ainda não alcança
Se não puder levar-me, Bons Ventos
Poderia talvez trazer-me o frescor e os aromas
daqueles distantes bosques verdejantes
Se nada puder trazer-me, Bons Ventos
Peço-lhe que disperse as carregadas e densas nuvens desse ar
Se isso não for possível, Bons Ventos
Brinque de bagunçar meus cabelos
ou de vassourar as folhas no chão
Ou quem sabe alegrar o menino com sua pipa ainda na mão
Se não houver brincadeira alguma, Bons Ventos
Peço-lhe que acorde aquele velho sino
para seu ofício de soar o sagrado
Se não puder despertá-lo, Bons Ventos
Talvez uma dança com varais cheios
ao som do farfalhar nas copas das árvores
Mas se mesmo a arte não ventar,
ou nada mais do que peço ventilar
Querido Bons Ventos, esqueça esse meu implorar
Pouco importa, em nada me chateio
Continuarei menino a sorrir e a voar
De braços abertos, solto em seus braços
Nesse instante sem laços e de alma solta no ar
MaThas
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Bons ventos a ventar
ResponderExcluirAventar, bons ventos.